Livro: Um leão chamado Christian Páginas: 224
Autores: Anthony Bourke e John Rendall
Editora: Nova Fronteira
Esse
livro conta a história de dois amigos que acabam comprando um
filhote de leão em plena Londres. Coisa que hoje em dia não seria
possível. Espero.
O
leão Christian acaba morando por um tempo no porão e no segundo
andar de uma loja de móveis e acaba chamando bastante atenção.Sendo
entrevistado, conhecendo gente famosa e etc.
Os
amigos sabem que a permanência de Christian com eles deve ser curta
e lutam para que ele tenha um bom futuro sendo reintegrado a selva,
ato feito por George adamson.
Esse
livro ganhou grande repercussão após o vídeo em que eles se
reencontram com o leão, já reintegrado à selva africana caiu no
youtube. Fazia um ano em que eles não se viam, mas o leão
simplesmente não se esqueceu deles e a recepção foi bem calorosa
como podem ver AQUI.
O
livro é muito interessante, uma história real mas com um toque
surreal. É muito difícil não se apaixonar por Christian, tanto
pela narrativa quanto pelas inúmeras fotos distribuídas pelo livro.
É
emocionante e gratificante a preocupação dos jovens em lutar para
que Christian tivesse um futuro digno.
Ficou
claro na narrativa também a gratidão dos rapazes a todos os que os
ajudaram a cuidar de Christian, e principalmente o afeto que eles
dedicavam à aquele que possibilitou o retorno de leão a África,
George Adamson, que com amigos fundou a Associação de George
Adamson para a Preservação da Vida Selvagem.
Não
indico para quem espera uma narrativa tipo Marley e Eu, que foi o que
eu esperava. Quer dizer, não é que eu não indique o livro, não
indico esperar uma narrativa “água com açúcar ”
A
narrativa do livro é pouco emocionante nesse sentido, a forma em que
ele foi escrito não me envolveu, é quase como se fosse um diário
de fatos. Ele não é fluido, não tem diálogos, ou seja ele não te
prende pela emoção. O que eu quero dizer é que, essa história
emocionante, escrita de outra maneira, teria feito eu me afogar em
lágrimas. Nessa narrativa, por falta de outro adjetivo, seca, embora
emocionada e gostando imensamente da história, não chorei nenhuma
lágrima.
Não
que isso desvalorize o livro, de forma alguma, só que eu gostaria de
uma outra versão menos biográfica e mais visceral.
Um
das partes que mais gostei, e que foi escrita com um humor doce foi
essa, que me parece comparar a educação de um leão ao de uma
criança (talvez adotada), achei bem fofo:
“Não
contamos a Christian que ele era um leão. Achávamos que essa
informação só levaria a um lamentável comportamento de leão.
Evitávamos usar a palavra leão na frente dele, mas ocasionalmente
tínhamos que soletrar L-E-Ã-O para as pessoas que pensavam que
Christian era um leopardo por causa das pintas (...) E como
possivelmente há mais estátuas de leões em Londres do que leões
vivos na África, decidimos contar-lhe a verdade antes que
descobrisse por conta própria e fizesse perguntas difíceis.” (pág
49)
Realmente
recomendo, a história desses três rapazes (dois humanos e um leão)
nos faz pensar em nossas relações com nossos animais e com os
animais que deveriam viver livres. O quanto uma prisão, ainda que
bem cuidada e cercada de amor, ainda é uma prisão.
E
que amar também é deixar partir.
Os
autores
Ace
Bourke , nasceu em Sydney, em 1946. Tornou-se um dos principais
curadores de artes da Austrália, sendo pioneiro em arte aborígine e
especialista em arte colonial.
John
Rendall é australiano e divide seu tempo entre aLondres e Sydney.
Trabalha com relações públicas em turismo, concentrando-se em
projetos de preservação, hospedagens e reservas ambientais na
África
As
imagens deste post foram retiradas do google, as fotos abaixo são do Parque Taronga, parque ecológico citado no
livro.Para quem quiser saber mais AQUI.
Assisti ao vídeo e até me emocionei! Que lindo! Pena que, pelo que você disse, o livro não é tão emocionante...
ResponderExcluirBeijos,Entre Aspas
Ele é emocionante pela história, ainda que a narrativa seja mais factual, vale a pena ler, obrigada pelo comentário :)
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