terça-feira, 12 de março de 2013

Um Leão Chamado Christian




Livro: Um leão chamado Christian  Páginas: 224 

Autores: Anthony Bourke e John Rendall

Editora: Nova Fronteira


Esse livro conta a história de dois amigos que acabam comprando um filhote de leão em plena Londres. Coisa que hoje em dia não seria possível. Espero.
O leão Christian acaba morando por um tempo no porão e no segundo andar de uma loja de móveis e acaba chamando bastante atenção.Sendo entrevistado, conhecendo gente famosa e etc.
Os amigos sabem que a permanência de Christian com eles deve ser curta e lutam para que ele tenha um bom futuro sendo reintegrado a selva, ato feito por George adamson.
Esse livro ganhou grande repercussão após o vídeo em que eles se reencontram com o leão, já reintegrado à selva africana caiu no youtube. Fazia um ano em que eles não se viam, mas o leão simplesmente não se esqueceu deles e a recepção foi bem calorosa como podem ver AQUI.
O livro é muito interessante, uma história real mas com um toque surreal. É muito difícil não se apaixonar por Christian, tanto pela narrativa quanto pelas inúmeras fotos distribuídas pelo livro.
É emocionante e gratificante a preocupação dos jovens em lutar para que Christian tivesse um futuro digno.
Ficou claro na narrativa também a gratidão dos rapazes a todos os que os ajudaram a cuidar de Christian, e principalmente o afeto que eles dedicavam à aquele que possibilitou o retorno de leão a África, George Adamson, que com amigos fundou a Associação de George Adamson para a Preservação da Vida Selvagem.
Não indico para quem espera uma narrativa tipo Marley e Eu, que foi o que eu esperava. Quer dizer, não é que eu não indique o livro, não indico esperar uma narrativa “água com açúcar ”
A narrativa do livro é pouco emocionante nesse sentido, a forma em que ele foi escrito não me envolveu, é quase como se fosse um diário de fatos. Ele não é fluido, não tem diálogos, ou seja ele não te prende pela emoção. O que eu quero dizer é que, essa história emocionante, escrita de outra maneira, teria feito eu me afogar em lágrimas. Nessa narrativa, por falta de outro adjetivo, seca, embora emocionada e gostando imensamente da história, não chorei nenhuma lágrima.
 Não que isso desvalorize o livro, de forma alguma, só que eu gostaria de uma outra versão menos biográfica e mais visceral.
Um das partes que mais gostei, e que foi escrita com um humor doce foi essa, que me parece comparar a educação de um leão ao de uma criança (talvez adotada), achei bem fofo:

Não contamos a Christian que ele era um leão. Achávamos que essa informação só levaria a um lamentável comportamento de leão. Evitávamos usar a palavra leão na frente dele, mas ocasionalmente tínhamos que soletrar L-E-Ã-O para as pessoas que pensavam que Christian era um leopardo por causa das pintas (...) E como possivelmente há mais estátuas de leões em Londres do que leões vivos na África, decidimos contar-lhe a verdade antes que descobrisse por conta própria e fizesse perguntas difíceis.” (pág 49)

Realmente recomendo, a história desses três rapazes (dois humanos e um leão) nos faz pensar em nossas relações com nossos animais e com os animais que deveriam viver livres. O quanto uma prisão, ainda que bem cuidada e cercada de amor, ainda é uma prisão.
E que amar também é deixar partir.

Os autores


Ace Bourke , nasceu em Sydney, em 1946. Tornou-se um dos principais curadores de artes da Austrália, sendo pioneiro em arte aborígine e especialista em arte colonial.




John Rendall é australiano e divide seu tempo entre aLondres e Sydney. Trabalha com relações públicas em turismo, concentrando-se em projetos de preservação, hospedagens e reservas ambientais na África

As imagens deste post foram retiradas do google, as fotos abaixo são do Parque Taronga, parque ecológico citado no livro.Para quem quiser saber mais AQUI.





2 comentários:

  1. Assisti ao vídeo e até me emocionei! Que lindo! Pena que, pelo que você disse, o livro não é tão emocionante...


    Beijos,Entre Aspas

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    Respostas
    1. Ele é emocionante pela história, ainda que a narrativa seja mais factual, vale a pena ler, obrigada pelo comentário :)

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