segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Resenha: Fahrenheit 451





Livro:  Fahrenheit 451 – 216 páginas
Autor: Ray Bradbury
Editora: Editora Globo

Essa resenha faz parte do desafio literário 2013, mês de Novembro, tema: livros Banidos.

Escolhi esse livro, por que fiz um teste intitulado que livro de ficção científica você seria, o meu resultado foi esse:


Quem quiser fazer o teste: AQUI

 E como ele foi banido, achei que ele seria perfeito para esse mês

“ Fahrenheit 451 ” – Ray Bradbury publicou o romance, em 1953, narrando uma sociedade em que um governo totalitário mandava queimar todos os livros do mundo. Ironicamente, esse foi mesmo o destino de alguns exemplares de “Fahrenheit 451”. Desde a época do lançamento até hoje, o título figura na lista de livros banidos em algumas bibliotecas do mundo por fazer referência ao consumo de drogas e violência. “ Daqui

Devo começar falando que minhas expectativas eram bem altas, ao mesmo tempo em que eu não conhecia quase nada da história, aliados esses dois fatores resultaram numa sensação muito esquisita enquanto eu lia. Ao mesmo tempo em que eu achava interessante eu percebia que nada desenrolava como eu havia imaginado. O resultado foi positivo por que aconteceu uma quebra de linha de pensamento que me levou por caminhos que eu não imaginava.

Guy montag é um bombeiro, que depois de conhecer uma garota interessante e curiosa se encontra em uma encruzilhada, as decisões que toma levam sua vida para um desfecho inesperado. Tomar uma decisão profunda num mundo superficial o leva por um caminho extremamente perigoso, mas que se torna ironicamente sua salvação.

Suas ações, partem da única decisão de não ser mais o mesmo, de não ser mais um no meio de uma multidão ora mergulhada na inércia do tédio, ora irada, atravessando sem rumo, e provocando atos violentos e insanos.

Ser um leitor, tanto para Guy quanto para qualquer um de nós, é mais do que traduzir formas
Um dos momentos mais angustiantes, me identifiquei.
impressas em palavras, é transpassar as ideias de um autor para sentimentos e ações pessoais. É conhecer mundos diferentes que vivemos e ao mesmo tempo criar uma bagagem única.

O livro é interessante, a crítica é muito atual, num mundo dominado por BBBs e afins, com jornalismo imparcial e alienador, e uma mídia que entorpece ( A gente vê por aqui.). Um livro é capaz de mudar, instigar, assim como aconteceu com Montag.

O caminho por onde trilham as linhas de um livro nos levam a uma jornada sem volta por nossas próprias percepções do mundo. Enquanto a TV é unilateral, o livro é um diálogo entre o autor e nossas vivências.

“É o belo lado da morte, quando não há nada a perder, aceita-se correr todos os riscos”