segunda-feira, 9 de junho de 2014

Resenha: Menina de vinte



Segundo livro da maratona #eusoudoideira



Livro: Menina De vinte - 496 páginas
Autor: Sophie Kinsella
Editora: Record 

Sinopse: Lara Lington sempre teve uma imaginação fértil. Agora ela começa a se perguntar se está ficando maluca de vez. Meninas normais de vinte poucos anos não veem fantasmas, né? Pelo menos era o que ela pensava até o espírito da tia-avó Sadie, que foi uma jovem dançarina de Charleston com ideias avançadas sobre moda e amor, aparecer misteriosamente com um último pedido: Lara precisa localizar um colar que foi dela por mais de 75 anos. Só assim tia Sadie poderá descansar em paz. Além de encontrar a joia, Lara tem que lidar com probleminhas do dia a dia: a sócia foi curtir um romance em Goa, sua empresa está afundando e ela acabou de ser abandonada pelo homem “perfeito”. Nesta divertida história, Lara e Sadie são duas meninas de vinte bem diferentes que vão aprender a importância dos laços familiares e da amizade

Esse é o quarto livro da Kinsella que eu leio, não é o mais engraçado mas, mesmo assim gostei muito. A personagem principal é Lara, que de repente passa a ser perseguida pelo fantasma da sua tia-avó Sadie.

Lara é uma boa garota, que acredita nas qualidades das pessoas, na honestidade de sua sócia, no amor de seu ex namorado mesmo que ele obviamente esteja tentando manter a distância.

Sadie é exatamente o oposto do que se espera de uma tia-avó, adora um drink, dançar e é alegre e tem uma certa fixação em “agarrar um homem”
Mas étambém uma garota romântica que viveu um grande amor que não deu certo.

Lara e Sadie partem juntas, em busca de um colar que Sadie deseja , e Lara que quer que sua tia-avó Saidinha suma de sua vida passa a também procurar por esse colar.

Mas durante essa jornada as duas aprendem muito, segredos de família são revelados, e muitas situações vergonhosas acontecem.

“Certo. No fim das contas, tentar um "bate aqui" com um fantasma é um erro. A mulher de
vermelho achou que eu queria bater nela. ”

O romance é bem improvável, e é sem dúvida o que tem as partes mais engraçadas do livro, o primeiro encontro é surreal, e é tudo tão confuso que não dá para não torcer pelo casal.

“— Ela não é minha namorada — diz primeiro. — Digo, não é...
— Não sou namorada dele — interrompo, afobada. — Só estamos... em um tipo de único...
— Só estamos tomando um drinque juntos. — Ed complementa.
— Provavelmente não nos veremos nunca mais.
— Provavelmente — afirma Ed. — Definitivamente.
Ambos concordamos completamente. Na realidade, acho
que pela primeira vez pensamos da mesma forma.
— Entendo. — Genevieve parece totalmente confusa.
(...)
— Então vocês são um casal — ela diz.
— Não! — respondemos os dois em uníssono.”

E sadie sempre tem bons conselhos:

“ Se um caso de amor é unilateral, então será sempre uma dúvida, nunca uma resposta. Não pode passar sua vida esperando uma resposta.”

E ótimos toques de moda:

“Seis longos colares de contas estão pendurados em meu pescoço. Ao redor da minha

cabeça há uma faixa preta enfeitada com pedras, e uma pena saindo dela.
Uma pena.
(…)
Minhas pálpebras estão borradas com uma pasta
verde brilhosa, que também saiu do estojo Bakelite. Ainda não sei exatamente o que tem em
minhas sobrancelhas: uma coisa estranha e grudenta que Sadie chama de "cosmetique". Ela
me fez ferver aquilo em uma panela e depois espalhar sobre os olhos.”

Como todo o livro de Sophie eu indico para quem gosta de romances leves, com toques divertidos, e apesar de tudo, não posso deixar de comentar que o livro traz uma boa reflexão sobre como tratamos os idosos em nossa família, quantas histórias emocionantes, românticas, doces e tristes a gente não deixa de conhecer por faltar de ouvir um avô ou avó?

A música escolhida é The black Bottom
(instrumental)



Imagens via Pinterest



quarta-feira, 4 de junho de 2014

Resenha: Guerra Mundial Z

Primeiro livro da maratona #eusoudoideira



Livro: Guerra mundial Z- 368 páginas
Autor: Max Brooks
Editora: Rocco 

O livro é como se fosse uma coletânea de entrevistas feitas depois que a guerra mundial Z acabou, como um testemunho vivo do que aconteceu, para que ninguém se esqueça do que e como aconteceu.

É muito difícil não entrar no clima, a narrativa é bem “real”, os testemunhos são chocantes e sensibilizantes.

A leitura só foi um pouco difícil nas partes mais técnicas, com descrições das táticas e armas do exército.

O meu testemunho favorito foi a da guerrilheira que caiu na mata, a jornada, o apoio recebido, a força demostrada. Foi chocante.

O livro mexe com a cabeça, parece que tudo é tão possível que a gente começa a pensar, e se acontecesse? Sei lá, eu não estaria preparada. E Você?

Ainda não assisti ao filme, mas estou ansiosa pela oportunidade de ver a adaptação desse livro fantástico!


Quotes

“Não sei se grandes tempos fazem grandes homens. Mas sei que podem matá-los”

“Há uma palavra para esse tipo de mentira. Esperança.”

“Ajudar as pessoas a se ajudarem é muito bom, em teoria, mas você precisa mantê-las vivas”

“A ignorância era o verdadeiro inimigo, e a informação nua e crua era a arma”

“A liberdade não é uma coisa que você tem por ter, é preciso querer outra coisa depois querer a liberdade de lutar por ela”

A música escolhida foi uma citada no livro, ela antecede uma batalha muito importante na retomada do mundo pelos humanos, pouco antes de meterem balas nos cérebros de milhares (ou milhões) de Zs

The Trooper – Iron Maiden

Trecho da música

“E enquanto eu deito contemplando o céu
Meu corpo está anestesiado e minha garganta seca
E enquanto eu deito esquecido e sozinho
Sem uma lágrima exalo meu gemido de partida”