domingo, 31 de março de 2013

Dewey- Um gato entre livros



Livro: Dewey, Um Gato Entre Livros – 272 páginas
Autor: Vicki Myron com Bret Witter
Editora: Globo

Mais um livro como tema: animais, dessa vez escolhi Dewey, que é um livro sobre duas coisas que amo, gatos e biblioteca (só de imaginar um monte de prateleiras, com uma infinidade de livros alinhados, meus olhos brilham).

O livro conta a história do gato Dewey Readmore Books, que foi encontrado numa caixa de devolução em uma biblioteca, na noite mais fria do ano, adotado por Vicki e pela biblioteca da qual ela cuida, ele cresce, e se torna famoso não só entre os visitantes quanto pelo estado, pelo país e por outros países. Conta a vida de Vicki, a de Dewey e nos dá um panorama da cidade de Spencer, e do estado de Iowa.

"O pobre gatinho mal se continha em pé, as saliências das quatro patas haviam sofrido rachaduras" (pág 20)

Amei o livro e chorei pela primeira vez na página vinte, e foram muitas lágrimas depois dessas, a história nos comove pelo grande afeto que é dedicado ao gato pela autora, e também pela força da protagonista, uma mulher forte, lutadora, que mesmo após tantas lutas consegue dispensar carinho e cuidado a um gato, que não é um gato qualquer. É O gato.

As façanhas de Dewey são bem descritas, e quase dá para vê-lo se esgueirando por entre fileiras de livros, ou pulando sobre uma mesa, daquelas bem grandes.

"Ele sabia ser fácil, enrolar Joy, então pedia sempre a ela que o deixasse entrar naquele banheiro. Uma vez lá dentro, pulava para cima da pia e pedia para ela abrir a torneira. Ele não bebia essa aguá. Ele a observava" (pág 183)

Outro motivo pelo qual chorei a beça foi a doença que atingiu tanto Vicki quanto a mãe e o irmão dela, sua luta contra o câncer, e apoiando quem precisava dela me tocou profundamente. Por motivos pessoais, tenho evitado ler livros que falam dessa doença, como por exemplo: A culpa é das estrelas, pois me toca profundamente, mas não dava pra saber disso pela sinopse e após algumas citações sobre a doença eu já estava envolvida com o livro e nem cogitei parar.



Esse é meu! O outro sumiu na hora da foto!
"(...) minha mãe foi diagnosticada com leucemia, a última de uma longa fileira de doenças a afligi-la e golpeá-la . Dizem que o câncer, como a sorte, é de família. Infelizmente o câncer está impregnado na linhagem Jipson" (pág224)

Recomendo muito, para quem gosta de gatos é um prato cheio, deu até vontade de acariciar os meus,
botar no colo, e agradecer pela presença deles na minha vida, por que só de tê-los por perto o fardo da vida fica mais leve. Muito mais leve. Como um salto de gato com suas patas silenciosas.

Quem quiser conhecer o site de Dewey, AQUI, e esse tem fotos lindas, são cartãos postais do Dewey, uma mais lindo que o outro...  AQUI

Os autores:

Vicki Myron: É ex-diretora da biblioteca de Spencer e conviveu com o gato Dewey por dezenove anos, é graduada na universidade Estadual de Mankato e tem mestrado de biblioteconomia pla universidade Estadual de Emporia.





Bret winter: É editor de livros e escritor, seu gato Feasor morreu quatro dias após a conclusão desse livro. : (






quinta-feira, 28 de março de 2013

A revolução dos Bichos



Livro: A revolução Dos Bichos- 147 páginas
Autor: George Orwell
Editora: Companhia das Letras

O livro conta a história dos animais moradores da "Granja do solar", são bichos que após o sonho de um porco moribundo decidem tomar a granja e a transformam na "Granja dos Bichos", um lugar deles e para eles, onde o trabalho feito reverteria para os animais trabalhadores e não pra um humano explorador.
É uma fabula que fala do período socialista e por que uma sociedade assim não dá certo, mostra o como é fácil para aquele que tem conhecimento das engrenagens políticas e sociais ludibriar o povo trabalhador, fazendo o acreditar em uma ideologia, que nem sempre se mostra verdadeira.
É um livro clássico, mas tem uma leitura fácil e fluida, que é entendida pelos leitores a medida em que eles conhecem ou se lembrem das aulas de história. Achei isso incrível, até mesmo quem conhece pouco sobre a evolução do socialismo, como eu, consegue aproveitar a história.
Os perfis dos animais são muito bem elaborados, e é fácil identificar quem eles representam, o cavalo é o povo trabalhador, as ovelhas, claramente, são a mídia  e os porcos são os condutores políticos que ficam no patamar mais alto e se aproveitam do trabalho dos demais ( qualquer semelhança com qualquer político corrupto não é mera coincidência!)
O perfil que mais me interessou, apesar de bem pequeno na trama, foi o corvo, que representa a religião,, que mesmo sendo "desmentida" pelo "governo dos porcos" oficialmente, ainda é permitida e até mesmo instigada, com o único propósito de dar ânimo aos animais que por algum motivo já não estão satisfeitos com o governo.
Isso é visível até mesmo em países em regimes não totalitários, vide o crescimento do poder das igrejas no Brasil, o povo está descontente  como sistema, e a religião os consola, prometendo vida mais fácil no paraíso se aceitarem pacificamente as condições aqui. O interessante é que nem todos percebem a ligação entre esses dois sistemas.


A manipulação dos mandamentos dos bichos escritos no celeiro  também é muito interessante, os princípios puros e verdadeiros são adaptados para favorecer quem está por cima, e apostando na memória curta, ou na falta de saber do povo, ( por isso a educação está sempre defasada, é sempre mais fácil manipular quem não entende o sistema)
Uma fábula muito bem escrita, para ser lida e relida diversas vezes, pois fornece um ótimo paralelo com a vida política, socialista ou democrática corrupta.



O autor: Eric Arthur Blair mais conhecido pelo pseudônimo George Orwell, foi um escritor e jornalista inglês. Sua obra é marcada por uma inteligência perspicaz e bem-humorada, uma consciência profunda das injustiças sociais, uma intensa oposição ao totalitarismo e uma paixão pela clareza da escrita.
Outro livro bastante comentado do autor é 1984, que já está em minha lista de leitura (e compra)
Fonte :Wikipédia, imagens do Google.





Essa resenha também faz parte do Desafio Realmente Desafiante, item 18, um livro com letras amarelas na  capa 

segunda-feira, 18 de março de 2013

Recadinho do Coração #1


Livro Físico ou E-book ?




Olá, vi esse vídeo e achei simplesmente o máximo.
Bem escrito e explica claramente as vantagens e desvantagens do livro físico e de ler e-books.
Eu amo livros físicos, mas estou pensando em comprar um Kindle, para ler e-books de cursos, de autores novos...
Não vou colocar o vídeo aqui, por que não o achei o blog original para pedir permissão então...
Aqui está o link: Livro ou e-book? Vale a pena assistir

terça-feira, 12 de março de 2013

Um Leão Chamado Christian




Livro: Um leão chamado Christian  Páginas: 224 

Autores: Anthony Bourke e John Rendall

Editora: Nova Fronteira


Esse livro conta a história de dois amigos que acabam comprando um filhote de leão em plena Londres. Coisa que hoje em dia não seria possível. Espero.
O leão Christian acaba morando por um tempo no porão e no segundo andar de uma loja de móveis e acaba chamando bastante atenção.Sendo entrevistado, conhecendo gente famosa e etc.
Os amigos sabem que a permanência de Christian com eles deve ser curta e lutam para que ele tenha um bom futuro sendo reintegrado a selva, ato feito por George adamson.
Esse livro ganhou grande repercussão após o vídeo em que eles se reencontram com o leão, já reintegrado à selva africana caiu no youtube. Fazia um ano em que eles não se viam, mas o leão simplesmente não se esqueceu deles e a recepção foi bem calorosa como podem ver AQUI.
O livro é muito interessante, uma história real mas com um toque surreal. É muito difícil não se apaixonar por Christian, tanto pela narrativa quanto pelas inúmeras fotos distribuídas pelo livro.
É emocionante e gratificante a preocupação dos jovens em lutar para que Christian tivesse um futuro digno.
Ficou claro na narrativa também a gratidão dos rapazes a todos os que os ajudaram a cuidar de Christian, e principalmente o afeto que eles dedicavam à aquele que possibilitou o retorno de leão a África, George Adamson, que com amigos fundou a Associação de George Adamson para a Preservação da Vida Selvagem.
Não indico para quem espera uma narrativa tipo Marley e Eu, que foi o que eu esperava. Quer dizer, não é que eu não indique o livro, não indico esperar uma narrativa “água com açúcar ”
A narrativa do livro é pouco emocionante nesse sentido, a forma em que ele foi escrito não me envolveu, é quase como se fosse um diário de fatos. Ele não é fluido, não tem diálogos, ou seja ele não te prende pela emoção. O que eu quero dizer é que, essa história emocionante, escrita de outra maneira, teria feito eu me afogar em lágrimas. Nessa narrativa, por falta de outro adjetivo, seca, embora emocionada e gostando imensamente da história, não chorei nenhuma lágrima.
 Não que isso desvalorize o livro, de forma alguma, só que eu gostaria de uma outra versão menos biográfica e mais visceral.
Um das partes que mais gostei, e que foi escrita com um humor doce foi essa, que me parece comparar a educação de um leão ao de uma criança (talvez adotada), achei bem fofo:

Não contamos a Christian que ele era um leão. Achávamos que essa informação só levaria a um lamentável comportamento de leão. Evitávamos usar a palavra leão na frente dele, mas ocasionalmente tínhamos que soletrar L-E-Ã-O para as pessoas que pensavam que Christian era um leopardo por causa das pintas (...) E como possivelmente há mais estátuas de leões em Londres do que leões vivos na África, decidimos contar-lhe a verdade antes que descobrisse por conta própria e fizesse perguntas difíceis.” (pág 49)

Realmente recomendo, a história desses três rapazes (dois humanos e um leão) nos faz pensar em nossas relações com nossos animais e com os animais que deveriam viver livres. O quanto uma prisão, ainda que bem cuidada e cercada de amor, ainda é uma prisão.
E que amar também é deixar partir.

Os autores


Ace Bourke , nasceu em Sydney, em 1946. Tornou-se um dos principais curadores de artes da Austrália, sendo pioneiro em arte aborígine e especialista em arte colonial.




John Rendall é australiano e divide seu tempo entre aLondres e Sydney. Trabalha com relações públicas em turismo, concentrando-se em projetos de preservação, hospedagens e reservas ambientais na África

As imagens deste post foram retiradas do google, as fotos abaixo são do Parque Taronga, parque ecológico citado no livro.Para quem quiser saber mais AQUI.





sábado, 9 de março de 2013

Lembra de Mim ?



Livro: Lembrade mim? - 399 páginas
Autora: Sophie Kinsella
Editora: Record

A escritora é famosa por seus check lists de comédia, seus livros mais famosos são os da série:Os delírios de consumo de Becky Bloom , que originaram o filme de mesmo nome. Esses eu ainda não li, dela eu já li Samantha Sweet, executiva do lar O segredo de Emma Corrigan , que com certeza estão entre meus preferidos. Então fiquei curiosa em ler Lembra de mim, por achar que a sinopse poderia render muito se levado ao estilo da escritora.

O livro conta a vida de Lexi, uma garota que está num dos piores momentos da vida, e de repente acorda em um hospital, e descobre que se passaram três anos, ela não ficou em coma, e nem foi parar lá magicamente. Ela simplesmente se esqueceu dos últimos anos. E sua vida está perfeita, está casada com um homem lindo e rico, mora em uma casa luxuosa, e está magra e com os dentes arrumados. E é chefe aonde era só uma subalterna com uma função cujo nome era cumprido demais para ser uma boa função. Parece que tudo está magicamente perfeito.

Tenho o cargo com o pior nome possível. É de dar vergonha. Mal cabe no cartão de visitas. Quanto mais longo o nome do cargo, decidi, mais bosta é o emprego”


Devo ter sido incrivelmente bondosa numa vida passada. Devo ter resgatado crianças de um prédio em chamas, ou dado a vida para ajudar os leprosos, inventado a roda ou algo assim. É a única explicação em que posso pensar para ter pousado nessa vida de sonhos”



Mas tudo que parece perfeito demais sempre tem um preço muito alto a se pagar.E Lexi, vai descobrir isso.E da pior maneira possível, já que ela é a velha Lexi, simples e carinhosa, com a vida da nova Lexi. Uma chefe durona, com um casamento regrado.

E fica a pergunta o que pode ter acontecido para que ela mudasse tanto, e pode uma pessoa mudar tanto assim? E onde o charmoso Jon, se encaixa exatamente nessa história toda?

E agora... ainda levo um susto sempre que olho meu reflexo no espelho. Não vejo minha personalidade refletida em nenhum lugar desse apartamento. O programa de TV... Os saltos altos...Minhas amigas se recusando a ficar comigo (...) Não sei em quem me transformei. Não imagino que porra aconteceu comigo”

A minha opinião: não é o melhor livro dela, quando ouvi falar pela primeira vez, imaginei um livro mais para o gênero dramático, depois em uma resenha descobri ser realmente uma boa comédia. E o livro não preencheu nenhuma das minhas duas expectativas, achei morno, tem algumas tiradas divertidíssimas, como o Mont Blanc, e o peixe assassinado, que eu ri pra caramba, mas ficou no meio termo o resto do livro. Com uma série de trechos mornos, alguns muito dramático(e até dá pra acreditar que alguém sem memória sentiria isso) e alguns trechos engraçadinhos. O livro me lembrou muito o filme, De repente 30.

Recomendo para quem gosta de livros de amnésia, para quem acha que um marido rico e bonito é tudo o que uma mulher quer e pra quem gosta de romance, já que o romance presente no livro é bem fofo, embora não seja o foco principal do livro.
Não recomendo ir com muita expectativa, principalmente para quem já conhece outros livros da autora.


A Autora:



Sophie Kinsella, é escritora e ex-jornalista de economia, com especialização na área financeira.








quarta-feira, 6 de março de 2013

Fallen, não tão bom...




Livro: Fallen - 406 Páginas                                            
Autora: Lauren Kate
 Editora: Galera Record                                                                              
No total eu gostei do livro, apesar de algumas ressalvas, ele é diferente da maioria dos livros de YA que eu já li, acho que a autora inovou com a pegada gótica, mas sem exagerar, pois apesar da temática escolhida o livro não ficou denso. Na verdade até o achei bem leve, e fácil de ler. E apesar das tragédias que acontecem não o achei depressivo.Ele não é muito carregado de emoções fortes ou conflitantes.
Achei que a história demorou a engrenar embora o tempo transcorrido nele, seja relativamente curto, desde a entrada da protagonista até o desfecho se passa menos de um mês.
Não gostei do ambiente descrito, não me pareceu crível esse ambiente, detestei a sala de piscina (olha o meu lado religioso aflorando) Acho que a autora poderia ter contido a mão nesse elemento.
Fiquei com muitas dúvidas, não entendi certas coisas, não sei se serão explicadas nos livros subsequentes, espero que sim, que essas pontas soltas sejam aparadas (Trevor? Toddy?, anunciadores?)embora acredite que estas deveriam ter sido explicadas no livro em questão.
Minha parte preferida foi com certeza o piquenique do Cam com a Luce, achei romântico, fofo, e quase desejei que a protagonista deixasse o Daniel de lado. Românticas de plantão, como eu, suspiraram por Cam, E aí vem a autora e nos surpreende com um final inimaginável (ao menos por mim).
O romance entre Luce e Daniel só funciona quando tudo é colocado às claras e isso só acontece bem no final do livro. A parte em que Daniel explica para a Luce, pelo menos um pouco sobre o que estava acontecendo me lembrou um poema de Carlos Drummond de Andrade, quem quiser saber qual, leia AQUI.
Indico pra quem gosta de sobrenaturais e esteja cansada de vampiros (ou não), para simpatizantes e góticas iniciantes. Não indico para quem espera um enredo mais detalhado entorno dos anjos e suas mitologias, por que não tem quase nada, pelo menos nesse primeiro volume, autora poderia ter inserido alguns estudos, tornaria mais interessante Quem sabe nos próximos?


A autora:                                                                                                                                                                                          
Lauren Kate é uma escritora americana de ficção adulta/jovem. Suas maiores obras incluem The Betrayal of Natalie Hargrovee a saga Fallen, que chegou à terceira posição na lista de best-sellers do jornal Tht New York Times, na seção infantis/jovens.



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