quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Uma fanfic, e diversas crises de riso.





Fanfic: Keep Calm and Seja Meu Bofe
Autora: Dimitrieva Maksymenko

 O tema do mês de fevereiro, no desafio literário, é livros que nos fazem rir, e eu como fã incondicional de Zoe Davies não poderia deixar de resenhar sua ilustre história. Uma fanfic maravilhosa hospedada no NYAH! Que possui atualmente 280 comentários e 6 recomendações.
Comecei a ler num impulso e não me arrependi, uma fanfic original muito boa, bem escrita e divertidíssima, capaz de acordar pobres maridos desavisados ao som de estridentes gargalhadas madrugada a fora.
É a história de Zoe Davies, recém-ingressada na faculdade, que procura incessantemente um boymagia para chamar de seu, enquanto ele não aparece, ela vive histórias cheias de quedas, amigos psicopatas, gatos assassinos, muita chuva, e muitos foras.
Zoe, como ela mesmo diz nasceu pra ser zoada, e ninguém a poupa disso. Nem seus amigos, nem seus pretendentes, nem a roteirista que devia tropeçar nos seus próprios pés, nem mesmo os seus próprios pés.
A escritora é uma fofa, que sempre respondeu meus recados magnificamente, e escreve como ninguém, usando de uma ironia fofa aliada a um nonsense embriagador. Ela agrega á história elementos nada convencionais, em contextos ainda menos convencionais e tudo ainda fica bem enredado e contextualizado. Talento pra poucas.
(...)Mas voltando ao abraço, pois é, meu pai chegou
O que está acontecendo aqui? 
.(...) –E-eu sei que parece que estávamos tendo umas preliminares quentes nessa cama de hospital –Era melhor ter ficado calada-, mas na verdade eu nem conheço esse cara pai –Ótimo, agora além de linguaruda meu pai me achava uma vadia- Ele só chamou a ambulância... E estava em cima de mim porque eu estava tentando roubar o iPhone 5 dele... –Linguaruda, vadia e ladra... Dahora a vida- PORQUE VOCÊ NÃO ME DEU UM! AÍ EU TENHO QUE FICAR ROUBANDO, SEU DESNATURADO! – Me desesperei. Linguaruda, vadia, ladra e desesperada. Seria um ótimo momento para ouvir um “PIIIIIIIIIII”. (Cap11)


Eu traí uma psicopata, traí uma psicopata! Porque ela está colocando a mão no bolso? Ah não! A 38! Vou morrer! VOU MORRER! Morri! Morri! MORRI! Adeus vida! Adeus felicidade! Adeus Bofe! BOFE! – (...) A última coisa que eu quero é que ele veja as minhas tripas! Eu não passei maquiagem nas tripas! Óh, mundo cruel!
(...)Então Sarah tirou um pirulito do bolso e me entregou dizendo –Estou tão orgulhosa de você minha pequena traidora!”(Cap20)


Difícil não se identificar com Zoe, e torcer por cada chance, conquistada com muito esforço, de ser feliz ao lado de um de seus pretendentes, e torcer para que ela não seja atropelada, atacada por gatos, nem chamada de “cabeça de alface” por sua gentil genitora.
  


  “– Ok, já sei das regras. Onde tem uma escova pro meu cabelo?
Armário da cozinha, primeira gaveta.
O que? Colocou uma escova de cabelo na gaveta de talheres?
Não, só pensei que um garfo seria mais adequado com esse seu cabelo de alface HAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAAAHHAHHA HAH” (Cap 9)




Zoe é um pouco de cada uma de nós, afinal quem nunca levou um tombo épico? Ou se apaixonou por alguém, inatingível, gay, comprometido, ou os três?


A autora: Assina no Nyah como Dimitrieva Maksymenko.
Ela, por ela mesmo (já que esqueci de perguntar um pouco sobre ela):
Dimitrieva Maksymenko é o nome da parte comediante/feliz da minha personalidade
"Dimitrieva" é um sobrenome russo que vi nas olimpíadas
"Maksymeko" é um sobrenome russo que eu achei no google
Um dia saberei falar russo e escrever cirílico” (retirado do perfil dela no nyah!)

As imagens que ilustram esse post também são da autoria dela, e tanto a resenha quanto o uso das imagens no meu blog, foram permitidas pela autora. 

Quem quiser ler: AQUI
Quem quiser ler uma história bônus da autora: AQUI.


Ainda terei uma biblioteca … #1

Meus mais novos bebês:






 Fallen - Lauren Kate
 Já li Fallen, logo posto a resenha.








Tormenta – Lauren Kate
Os dois foram comprados na revista Avon.
Começo esse mês que vem.








Racista, Eu de jeito nenhum...- Maurício Pestana
Li, esse livro há alguns anos, perdi, e após o procurar muito o consegui numa troca pelo Skoob.
Muito bom, inteligente e com uma visão bem crítica sobre o racismo no Brasil.






Lembra de mim – Sophie Kinsella
Comecei a ler em e-book, mas me apaixonei pela história ainda nos primeiros capítulos, e acabei comprando o exemplar, também pelo Skoob.







Fotos da minha última aquisição, recém entregue, me surpreendi, veio em super bom estado, e virou meu xodó mais recente :



Quem quiser me add no Skoob,é só clicar na assinatura abaixo.


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Riso Inteligente


Autores: Ivan Baroni, 
Luiz Fernando Giolo
 Paulo Pourrat. 
Ilustração de Carlos Ruas
Comprei piadas nerds na onda da série The Big Bang Theory, que eu adoro e na qual sempre acaba aparecendo piadas mais “complexas”, principalmente na primeira temporada, na ânsia de algo mais criativo e inteligente que as piadas tradicionais me arrisquei a mergulhar nesse livro.
Fiquei surpresa ao saber que é um livro nacional, e que um dos escritores é de uma cidade vizinha, aqui do interior de São Paulo.
Bem, confesso que algumas piadas não eram do meu nível, estavam lá bem além do que eu conheço das matérias citadas, outras eram bem mais simplórias do que esperava, mas não posso negar que a cada piada entendida eu me sentia um pouco ou muito mais inteligente, e sim, é uma boa sensação.
A maioria das piadas é realmente inédita, ao contrário da maioria de livros de piadas que já li. E isso por si só é um bom diferencial.
Adorei as citações ao Mochileiro das Galáxias, que é uma série que eu adoro.
E destaco a introdução do tema matemática, escrita com um humor leve e bem elaborado, assinado por Marcos Castro
Muitos dizem que matemática na escola não serve para nada. Besteira. Outro dia mesmo precisei resolver uma equação de segundo grau no supermercado para otimizar o volume utilizado no carrinho de compras.” (pág 32)
Outro ponto forte é o calendário Nerd, que achei bem criativo.
Festa junina
Para o nerd é pretexto para fazer cosplay de Chico Bento” (pág 28)
Ponto fraco: Aliás, a minha única decepção com o livro, uma piada com estupro. : ( Não acho engraçado e não acho que qualquer pessoa com bom senso deveria deixar passar essa piada (?), e permitir que esta fosse impressa.(Ainda mais num livro tão diferente e inovador).
Esta bem no fim do livro ainda assim tive que me segurar para não jogar o livro de lado, e nem sequer terminar de lê-lo.
Pra quem quer entender minha revolta, tem esses textos esclarecedores AQUI e AQUI. E esse relato ficcional, um pouco forte, mas extremamente verdadeiro AQUI. E esse VÍDEO.
Apesar disso, achei divertido, ideal para leituras rápidas, como em filas e salas de espera. E para dar algumas gargalhadas e por que não um sorriso de superioridade ao entender uma piada de física, ou química.

Os autores:

Se conheceram na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Ivan Baroni: estatística, não gosta de Comic Sans, rifas e autoajuda.
Luiz Fernando Giolo alves, matemática, não gosta de futebol (real e virtual)água fria e os demais comerciais.
Paulo “Polé” Pourrat, estatística, não gosta de programas vespertinos, fanatismo esportivos e SMS de operadoras

Fonte: Livro, imagens do Google.
As imagens contidas nesse post são de piadas encontradas no livro, mas não são as que ilustram o livro .


Um assunto que interessa a todos nós, leitorxs vorazes, e que também incomoda, e muito, é o preço dos livros, umx leitorx consciente, criou uma espécie de abaixo-assinado para que haja uma diminuição de impostos e que o preço dos livros caia, facilitando o acesso à cultura. Quem se interessar em participar dessa iniciativa, recomendo esse post de um blog que eu adoro, em que tudo é bem explicadinho e com o link para assinar.



sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Nana Baby – Livro Infantil #1





Editora: Babel

Bem, tenho uma pequena princesa de pouco mais de um ano, e como boa filha de uma leitora voraz, a pequena tem trilhado seu caminho rumo a uma vida cheia de momentos agradáveis frente a um livro.
Decide então trazer para o blog dicas de leitura, para bebês e infanto-juvenis, e que no final serve para todas as idades.
Para começar: um livro fofo, bem de bebê mesmo, fácil para folhear, curtinhos, e principalmente para se ler brincando que é o essencial para apresentar os livros a esses pequenos que não param quietos.
É a coleção Primeiro livro para o bebê, composto por quatro livros, Bebê ocupado, Bebê dorminhoco, Bebê brincalhão, e o nosso preferido Bebê Feliz. Comprei a coleção inteira por R$59,99 no submarino, mas não consegui encontrar o link da coleção só o individual, quem quiser ver AQUI
Eles possuem páginas grossas e capas acolchoadas, e sempre tem um comando de ação que faz com que os pais interajam com os bebês:

“Meu bebê tem 10 dedinhos.
E assim ele irá...
Mexer, mexer!” (Bebê Feliz)

Tem coçar, coçar e até um atchim...
Simplesmente fofo, a Nana não só ri como tenta imitar a sonorização e o movimento dos dedinhos, e tudo isso rende bons momentos. Espero que gostem.




sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Lista do Desafio Desafiante 2013


Eu, e meus desafios! Também participo desse, são 18 temas, temos quer ler no mínimo 12, alguns são mais fáceis, outros nem tanto. Detalhe: não vale comprar, ou ganhar(pode emprestar). É bom, faz a lista de leitura andar. Bem aqui vai mais uma lista (alguns livros estão tanto nessa quanto na outra lista):









Lista do Desafio Literário


Estou participando do Desafio Literário 2013, que propõe um tema para se ler a cada mês do ano, minha lista está bem atrasada, mas vamos lá :

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Ironia bem amarga


Autor: Toni de La Torre
Editora: Lua de papel

Um livro de auto-ajuda ao contrário.
Como grande fã do House eu pairei entre dois extremos por boa parte do livro, ora eu pensava “ Ele é bem assim mesmo” e ora o defendia “ Nossa, o House não é tão mau assim.”
O começo é bem interessante, o humor altamente irônico diverte, mas lá pelo meio, a coisa engessa um pouco, cansa ficar filtrando aquela ironia toda, é como ler um livro inteiro e ter que o reler ao contrário mentalmente.
O final parece retomar a graça inicial e a leitura flui.
O livro é cheio de conselhos estapafúrdios (alguém ainda usa essa palavra?) como esse:

“Tente se destruir cada vez mais a cada dia e despreze os esforços dela, a fim de arrastá-la com você para o abismo. Desse modo, fará com que ela participe e dependa da sua dor.”(pág 65)

Com isso já se tem uma ideia do que esperar do livro.

Os maiores pontos altos são as cenas transcritas do House, foram bem escolhidas e ilustram perfeitamente os assuntos abordados, além de altamente divertidas por si só (poderia ser um livro só com pequenas cenas transcritas e ainda assim eu iria amar: )

“Dr Foremam: Você é viciado em conflitos.
Dr House: (olhando para o seu vicodin.)Mudaram o nome?” (pág 142)

Indicado, obviamente para fãs do mestre House, para quem gosta de leituras rápidas, e para amargurados de plantão.
A diagramação do livro não foi perfeita, visto que é diferente em algumas páginas sem nenhuma razão aparente, e possui erros de revisão.
A ideia é original, e é fácil identificar algumas posturas amargas que a maioria de nós assume, sem nem mesmo darmos conta. E como sátira dos livros de auto-ajuda convencionais está perfeito, afinal nada traz mais infelicidade do que a busca pela felicidade, então, seja amargo e seja feliz.

O Autor: 

Toni de La Torre escreveu mais 4 livros: Decifrando El Misterio de Perdidos, Lãs Series Que No Me Dejan Dormir, Técnicas para ligar friends e Be Water My Frien








Fonte: Amazon, facebook, Imagens tiradas do Google.





sábado, 2 de fevereiro de 2013

Eu, Malika Oufkir - Prisioneira Do Rei





Autora: Malika Oufkir e Michèle Fitoussi
Editora: Companhia das letras – 366 páginas


O livro é a biografia da pequena Malika, filha do general Mohammed Oufkir. Conta sua vida no Marrocos, desde que foi separada de seus pais para ser criada por um soberano, passando por sua prisão desumana, até sua sonhada conquista de liberdade, ainda que relativa, quando se trata de feridas tão profundas.

O livro é dividido em duas partes distintas, a primeira parte é suntuosa, cheia de luxo, vestidos, festas e até atores hollywoodianos, a segunda é angustiante, dolorosa, penetrante em suas descrições do cárcere, tendo em comum apenas e tão somente um profundo sentimento de solidão.

O livro apesar de escrito por uma jornalista francesa é todo escrito em primeira pessoa, acaba sendo um mergulho na cultura marroquina, rica em detalhes da vida do rei, e suas esposas, concubinas e filhas. Mas não em demasia a ponto de cansar o leitor.

Eu me senti praticamente dentro do livro, aproveitei os bons momentos, chorei com Malika. E rezei quando percebi como pode ser grande a maldade humana.
Recomendo para quem gosta de história reais, de força e superação. Quem gostou do diário de Anne Frank, com certeza irá gostar desse livro.

Ele também serve muito bem para quem pensa em desistir da vida no primeiro obstáculo, a força de Malika impressiona, pois ela passou de uma princesinha para uma lutadora, mesmo quando lhe tiraram tudo, e lhe prenderam em uma jaula insalubre, ela ainda depositou suas esperanças no poder das histórias enredadas pela sua imaginação, tornando-as um bálsamo para todos os seus companheiros de cela, a sua família. 


“A gente ia ao apartamento que Irene tinha alugado, dançávamos sirtaki, bebíamos vodca e champanhe, ríamos, cantávamos e voltamos de madrugada, de Maserati ou Lamborghini, levados pelo filho do rei Fahd da Arábia ou por um jovem ator grego Yorgo. Era assim que eu aprendia inglês... (pág 102)

“A cada dois dias, os guardas nos traziam o pão em caixas de papelão (...) tirávamos num tempo recorde a película que as cobria. Ela nos servia para anotar as histórias que eu contava (...)
Um dia, quando estava ocupada tirando o papel, vi as três meninas lambendo no chão as migalhas que caiam da caixa. A partir daí, instaurei uma regra. Em vez de brigar como vira–latas elas teriam direito, cada uma num dia, à “sua vez” de comer as migalhas.” (pág 193)



As escritoras:

Malika Oufkir, filha de Mohammed e Fátema Oufkir, foi presa, junto a sua família por 20 anos após seu pai morrer ao liderar um golpe de estado,tentando derrubar o rei Hassan II.









Michèle Fitoussi, jornalista francesa, (embora nascida na Tunísia), escreveu para a revista Elle, teve cinco livros publicados, sendo três de ficção, e seu romance Victor foi adaptado para o cinema em 2009.





Fonte: Wikipédia, companhia das letras. Imagens do Google