domingo, 21 de abril de 2013

Tormenta, muito bom





Livro: Tormenta – 392 páginas
Autor: Lauren Kate
Editora: Galera Record


Esse é o segundo livro da série Fallen, e ao contrário do último eu amei, gostei de Luce, dos novos amigos e principalmente do novo ambiente.

Muitas das perguntas deixadas pelo primeiro livro foram respondidas, e de forma muito interessante, e bem coerente, como os anunciadores.

Todos nós leitores ávidos formamos as imagens dos personagens em nossas mentes, e aconteceu algo bem diferente comigo nesse livro, imaginei os personagens como mangás, o primeiro foi o Cam, e depois o resto se seguiu e encaixou tão bem que fiquei imaginando se alguém já teria transformado a história do livro em quadrinhos, pesquisando descobri que existe um mangá chamado Fallen, com imagens belíssimas, mas não são as histórias do livro e nem mesmo inspirada nele. Se eu soubesse desenhar com certeza já teria feito uns rascunhos.

Achei maravilhosa a crítica feita à eterna (?) dicotomia bem/mal, como se essas fossem as únicas
opções, se esquecendo que existe entre elas uma extensa gama de tons de cinza (não é um trocadilho!).
Pessoas boas são capazes de atos maus, assim como uma pessoa vil pode ser capaz de um ato de bondade. O mal e o bem são como disse Cam, sobre ele e Daniel, duas faces de uma mesma moeda.

“(...) Continuou Shelby. -  Quero dizer quem diz que Lúcifer é tão mau...
- Hmm, todo mundo? - interrompeu Miles, olhando para Luce em busca de apoio.
- Nada disso! - exclamou Shelby.- um grupo de anjos muito persuasivos, tentando manter o status quo. Só porque eles venceram uma grande batalha há muito tempo, acham que têm o direito...”(pag 290)

(update: Não sem se ter a ver mesmo ou se é viagem insana da minha mente, mas Luce e Lucífer, sabe nomes tão parecidos, a autora se inspirou ou tem algo no próximo livro, curiosidade)

Esses tons de cinza também são vistos nos relacionamentos de Luce e os garotos, ela tem um amor eterno e arrebatador com Daniel, mas se encantou por Cam no primeiro livro e no segundo entra em cena o doce e meigo Miles (só pra deixar claro sou Team Miles.) As dúvidas amorosas adolescentes tomam outra proporção nesse livro, podem mudar o rumo dos acontecimentos, mas não é assim na vida real também?

Rolou pelo livro também alguns questionamentos sobre a relação amor/cumplicidade, o quanto dá para amar aquele a quem não conhecemos? Como não amar aquele que está do nosso lado, que nos faz rir, e que nos ampara? O amo é suficiente por si só ou a convivência é quem decide o que é melhor?

“Será que ela teria a chance de uma vida normal, um relacionamento com alguém, casar, ter filhos e envelhecer, como o resto do mundo?” (pag 243)

E o quanto um amor pode machucar, Luce acaba se confrontando com o fato de que suas diversas mortes machucaram muitas pessoas, pais, mães, irmãos, amigos. O quanto isso tudo deveria valer frente a um grande amor?

O livro é quase um diário, mas uma vez o tempo decorrido nele é bem curto, o que faz a narrativa ágil. Acho que os dois livros poderiam ser volume único, e aí o volume Fallen se tonaria um começo muito, muito chato de um bom livro.
Ansiosa para ler as continuações....


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